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ENQUADRAMENTO ECONÓMICO
de 2011 (8,3% do PIB), o que obrigou à tomada
de medidas suplementares para atingir o
objectivo de 5,9%, fixado para o conjunto do
ano.
Os últimos dados publicados pelo INE apontam
para um recuo da economia de 1,5% em 2011,
ligeiramente menor do que o valor de 1,6%,
antecipado pelo Banco de Portugal.
A evolução do PIB ao longo do ano de 2011
traduz uma queda generalizada da procura
interna (-5,2%), parcialmente compensada
pelo crescimento significativo das exportações
(7,3%) e uma redução substancial da Formação
Bruta de Capital Fixo (- 11,2%).
As perdas intensificaram-se no último trimestre
do ano, como consequência da deterioração da
procura externa dirigida à economia portuguesa,
que enfraqueceu as exportações, da restrição
da concessão de crédito à economia, provocada
pelo processo de desalavancagem do sector
bancário, e do aumento de impostos directos
e indirectos, que amputaram o rendimento
disponível das famílias.
O desemprego manteve-se elevado (12,5%),
enquanto que a subida do IVA de alguns preços
administrados e a escalada em alta dos preços
do petróleo alimentaram a inflação (3,6%).
As medidas de consolidação orçamental, no
âmbito do Orçamento de Estado, e o espera-
do abrandamento do crescimento económico
mundial condicionam fortemente a evolução
da economia portuguesa no ano de 2012,
estimando-se uma redução do PIB na ordem