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RELATÓRIO & CONTAS 2011
Enquadramento Económico
Situação a nível mundial
Apesar do regresso da turbulência aos mercados
financeiros internacionais, no ano de 2011 o PIB
mundial cresceu cerca de 4% (4,6% em 2010),
tendo as principais economias desenvolvidas e
as dos mercados emergentes apresentado um
desempenho bastante positivo, com excepção
da contracção verificada no Japão, fortemente
fustigado, em termos materiais e humanos, pelo
sismo de Março e pela catástrofe na central de
Fukushima.
A crise na Zona Euro esteve no centro das
atenções, tendo gerado uma desconfiança
generalizada nos agentes económicos, provoca-
da pela ausência de decisões políticas na tomada
de medidas que resolvessem e impedissem o
alastrar da crise da dívida soberana.
A redução da concessão de crédito e as medidas
postas em prática para atingir as metas
de consolidação orçamental contribuíram
fortemente para o progressivo arrefecimento
da economia e consequente aumento do
desemprego, tendência que se deverá manter
nos próximos anos.
Para 2012, os principais organismos interna-
cionais antecipam um cenário de desaceleração
do crescimento do PIB mundial para cerca de
3%, devendo as maiores economias emergentes
continuar a crescer a um ritmo sustentado, mas
mais moderado do que no passado recente,
compensando, em parte, a menor
performance
das economias desenvolvidas.
Situação em Portugal
Conforme assinalado pelo Banco de Portugal,
o ano fica marcado pelo pedido de assistência
financeira solicitado pelo Estado português
junto da União Europeia e do Fundo Monetário
Internacional, que deu lugar à formalização
de um Programa de Assistência Económica e
Financeira (PAEF). Assim, o Governo português
comprometeu-se a adoptar medidas de carácter
estrutural e de ajustamento dos desequilíbrios
macroeconómicos acumulados ao longo dos
últimos anos, que se traduziram em crescentes
necessidades de financiamento externo.
Este pedido surgiu em Abril, num cenário
de forte tensão nos mercados financeiros
internacionais, em que o sector público e o
sistema financeiro perderam o acesso ao crédito
em condições de normalidade, colocando em
causa a solvabilidade da dívida externa.
O programa de ajustamento, assinado com os
credores internacionais, teve um inevitável efeito
contraccionista, agravado pela derrapagem do
défice das contas públicas no primeiro semestre